sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MORTE, VIDA E O ESPIRITISMO

O Evangelho, em suas escrituras, relata a vida e a morte por diferentes vieses (ponto de vista). A depender do crédulo o qual pertencemos, esses dois temas se fragmentam em definições distintas em conceitos.

A postura que adotamos para o momento da morte, algumas vezes reproduz o grau de esclarecimento sobre a vida pós morte - e que essa seja lida numa concepção clássica para a morte.

Para nós, Espíritas, essa concepção do morrer inexiste, pois acreditamos que somos eternos. Apenas nos sendo concedido o direito de trocar de invólucro corporal-material. O próprio Evangelho escrito e baseado no Novo Testamento (compilado por alguns dos Apóstolo de Cristo como Mateus, João e Pedro) vem provar que não há a MORTE:

há muitas moradas na casa de meu pai (São João Cap. XIV);
ninguem pode ver o reino de Deus se não nascer de novo (São João Cap III);
meu reino não é deste mundo (São João Cap II).
E o que, então, nos acontece quando desencarnamos? Quando o invólucro material é desfeito? Essa pergunta (mais uma vez) se baseia na nossa concepção enquanto Espíritas sobre a vida e a morte. Será que a vida acaba no instante da morte? Então o que é a vida?

Nós, Espíritas, entendemos que é o princípio vital inseparado do princípio espiritual. Eles estão impreterivelmente ligados com a exitência de Deus(Gênese Cap XI; pp208).

Portanto, se a idéia (concepção) de vida está ligada a existência de Deus, encontramo-nos interligados à existência dos Espíritos: o Espírito é um ser indefinido, abstrato que não pode ter ação direta sobre a matéria (Gêneses, pp213). Havendo Espírito e esse ligado a existência de Deus, a máxima vós sois deuses reforça a afirmativa de que somos a imagem e semelhança do Senhor. E se somos a sua imagem e semelhança, nós somos ETERNOS, fragmentando com os limites dialéticos da morte versus vida, pois o Espírito não morre. A fonte de energia que ocupa invólucros de matérias existe para toda a sua existência.

Contudo, esta fonte de energia vem há muitas existências, ora avançando em conhecimento e educação do Espírito, ora estagnando. Porém nunca regredindo, posto que o que é aprendido nunca se apaga. Estes avanços e recuos são permitidos pelo movimento da encarnação (reencarnação) e desencarnação, que sem eles como se explicaria a diferença que existe entre o presente estado social e o dos tempos de barbárie? (Gêneses Cap XI, pp222).

O Espírito chamado a prestar contas do seu mandato terrestre compreende a continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada... A reencarnação eterniza a filiação espiritual (Evangelho Segundo o Espiritismo Cap XX, pp193).

Todos esses quatro conceitos - Vida, Morte, Espírito e Reencarne/Desencarne - desaguam num único sentido: VIAGEM. Seja ela entendida na via plano invisível para o plano material e vice versa. Tanto para ir como para voltar, todos nós nos submetemos a viagens, sem dia nem hora para acontecer.
FIQUEM EM PAZ!